quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

REFERÊNCIA:

PASQUINI, Adriana Salvaterra; PREVIATO, Marcia Maria de Souza. Núcleo de Educação a distância: Gestão escolar e organização do trabalho pedagógico na educação básica. CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Maringá, PR, 2012.

Resumo[1]
Por:

Elenilda Sobrinho da Silva, Josenilde Rosa da Silva, Suzane da Silva Souza[2]

Ao analisar o texto e o percurso histórico sobre os processos de avaliação, compreende-se a necessidade de discutir a qualidade educacional, e esse processo deve favorecer a aprendizagem e expor a intenção de democratizar e qualificar o ensino e aquisição de conhecimento dos alunos. È preciso consolidar o papel transformador da escola, colocando-se como exemplo de capacidade de sustentar-se nas suas necessidades básicas e nos seus projetos, visando evolução e progresso dos recursos didáticos, pedagógicos, físicos e administrativos.
Para isso é necessário compreender a abrangência e a importância do processo de avaliação como um todo, não apenas como um instrumento para medir ou para classificar os alunos com meros números, apesar de essa ser erroneamente a ideia formada por grande parte dos decentes atuantes, principalmente na intenção de “castigar” os alunos. Refletir sobre o processo avaliativo é pensar e repensar as metodologias adotadas e seus resultados, tomando medida objetiva para ampliação da aquisição do conhecimento e consequentemente uma avaliação mais significativa e qualitativa.
Hoje, muitas vezes, o processo de avaliação é simplificado, tendo em vista as limitações dos profissionais que assumem a responsabilidade por promovê-lo ou realizá-lo e assumem as tarefas a partir de suas compreensões e competências e muitas vezes, de maneira a facilitar sua própria atuação. No entanto é importante reconhecer que se trata de um processo complexo e dinâmico por envolver de forma interativa inúmeros aspectos, elementos e fatores, orientados por ideias e concepções diversas, por isso exige múltiplas responsabilidades. Portanto dependem de variadas habilidades, conhecimentos e atitudes do professor, a fim de que possa a cada momento no desenrolar de suas aulas venha tomar decisões bem orientadas, a partir de uma visão de conjunto de todos os elementos presentes.
Dentre todos os elementos que interagem no processo, o professor desempenha papel preponderante, uma vez que é a pessoa diretamente responsável por interpretar e tomar decisões lógicas ou emocionais. Assim, ele determina, em grande parte, como, quanto e o quê o aluno aprende, quando ele avalia o que o aluno aprende, ele avalia o que realmente ele conseguiu ensinar. Neste sentido é importante que o professor avalie constantemente sua prática educacional a fim de que possa melhor colaborar num ensino eficiente e eficaz, sem correr o risco de repassar conceitos pré-moldados, como absoluto da verdade.
A situação atualmente vivida no sistema escolar em termos de avaliação institucional, é vista como instrumento de melhoria de qualidade acadêmica e científica, através dela todos se tornam agentes de mudanças atuantes pelas prioridades sociais. A avaliação formativa possibilita aos professores acompanhar as aprendizagens dos alunos ajudando no percurso escolar. É uma modalidade de avaliação fundamentada no diálogo que possui como objetivo o reajuste constante do processo de ensino, por isso devem posicionar-se diante da avaliação formativa organizando o processo de ensino de maneira ativa e planejada. O aluno é um agente ativo no processo avaliativo, portanto, possui algumas responsabilidades que devem ser observadas, participar dos processos de aprendizagens utilizando os instrumentos de avaliação, como uma forma de perceberem como seus conhecimentos estão sendo construídos. Eles precisam, ainda conduzir processos de auto-avaliação e serem autores de sua própria aprendizagens para que  ocorram de maneira satisfatória demonstrando iniciativa e autonomia.
A avaliação institucional tem  por finalidade favorecer primeiramente o alunado, e em segundo plano as praticas do educador em que consiste no processo metódico  de avaliação que tem por base a melhoria da qualidade das atividades e metodologias utilizadas pelos docentes, tornando o Projeto Político-Pedagógico uma ferramenta e uma estratégia indispensável para uma gestão democrática direcionando e fundamentando a produção de resultados qualitativos necessários para a melhoria continua da instituição e consequentemente do alunado.
É importante ressaltar que os e métodos implantados e as instituições empenhadas para “medir” a qualidade da educação no Brasil tem contribuído na superação dos déficits, buscando instrumentos para a melhoria da educação, e observamos com o passar do tempo as práticas educativas avançaram bastante, no entanto as práticas avaliativas não tiveram o mesmo rumo, por muito tempo o método avaliativo não passava de uma forma mecânica e classificatória, ideia essa predominantes em muitas instituições, por isso avaliar não pode ser entendido como atribuição de números, mas uma situação estabelecida para que o aluno demonstre a aquisição do conhecimento através dos conteúdos ministrados nas aulas.                                                                                             
 Contudo, destacamos que a avaliação merece uma ênfase a parte, pois diz respeito a um processo mais amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Portanto, deve estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo de ensino-aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou alguma ação no âmbito da instituição escolar, lança-se também o olhar sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo, bem como aquele a quem se está avaliando.
Com a nova LDB 9394/96, que trouxe mudanças significativas para este novo olhar para a avaliação tanto no aspecto pedagógico como da legalidade, a escola terá que proporcionar momentos de estudo e de discussão deste tema, que não se esgotou até o presente momento.
Dentre as dificuldades que se coloca sobre a avaliação, estão presentes ainda muitas questões do passado, como: provas, trabalhos, recuperação, apropriação dos conceitos mínimos, o empenhos dos estudantes no processo, as condições objetivas da prática docente, em relação à correção, critérios, pareceres e a nota.  A avaliação deve ser encarada como reorientação para uma aprendizagem melhor e para a melhoria do sistema de ensino. Para tanto, é essencial garantir aos professores uma boa formação inicial e continuada, pois aqueles que usam inadequadamente a avaliação só o fazem porque não estão devidamente preparados. Por isso, a avaliação deve fazer parte da grade curricular dos cursos de formação de professores.
Faz-se necessário, no entanto, um estudo de maior escala, para identificar verdadeiramente se as avaliações estão sendo desenvolvidas como um processo de construção do conhecimento. É decisivo o papel que o professor realiza no cotidiano da escola. Esse fazer precisa ser objeto de estudo, de planejamento e de ações coletivas no interior da escola, para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico que realmente promova a aprendizagem dos alunos.
Enfim, a avaliação é uma questão que merece a reflexão dos professores, que devem se questionar sobre os instrumentos utilizados, sua produção, a frequência em que ocorrem, os critérios de avaliação e os seus objetivos. São perguntas que devem fundamentar o trabalho de um professor atento e com um olhar crítico sobre sua prática pedagógica




[1]Trabalho solicitado na disciplina de Coordenação Pedagógica II pelo professor Charles Maycon de Almeida Mota.
[2]Graduandos do 7º semestre do Curso de Pedagogia pela Faculdade Regional de Riachão do Jacuípe (FARJ).

6 comentários:

  1. O processo avaliativo vem passando por mudanças. Portanto, é importante que o professor desempenhe seu papel de maneira benéfica e produtivo visando tanto a aprendizagem do aluno como os métodos de ensino utilizado.
    Discentes: Eliâne, Lucimaura e Raquel.

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  2. Devemos entender que o processo avaliativo não pode ser algo vago,precisa ser especificado de maneira clara e objetiva,isto é, atividade contínua, progressiva,flexível,o aperfeiçoamento da prática avaliativa deve ser um objetivo perseguido por todo educador.
    Discentes:Crenilda,Erilma,Jamine,Marineide,Robeilton e Rosenália.

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  3. Muitas vezes, o método de avaliação se torna repreensivo, desgastante, uma vez que o aluno se torna apenas reprodutor daquilo que ele "aprendeu de cor". Portanto avaliar não consiste somente em aplicar provas e dar notas, avaliar vai muito mais além.A avaliação da aprendizagem deve ocorrer de forma contínua e progressiva, buscando compreender as facilidades e dificuldades de assimilação dos conteúdos por parte dos alunos.
    Discentes: Adeilsa, Clãudia, Izabela, Marilene, Vanessa

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  4. Falar de organização remete-se um acompanhamento e controle que objetiva detalhar as metas e prioridades dentro do trabalho doscente.
    É importante pontuar que a organização do trabalho pedagógico se dá em dois níveis: na escola como um todo, com seu projeto político pedagógico e na sala de aula incluindo as ações dos professores.
    Discentes: Elenilda, Josenilde, Suzane

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  5. A avaliação ainda é vista infelizmente como um instrumento classificatório por muitos profissionais da educação, quando na verdade ela deve ser vista e usada como um diagnóstico para identificar e suprir as reais necessidades dos alunos, visando o bom desenvolvimento dos alunos e da instituição.
    Discentes: Natielma, Naticleia, Patricia, Jaciane e Vilane.

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  6. O resumo deixa evidente a importância do uso do ato avaliativo escolar como um processo democrático, que venha servir como uma ferramenta para diagnosticar e informar sobre o andamento do processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, é errado usar o ato da avaliação como um processo de exclusão, punição e classificação. Ao contrário do que se perpetuou ao longo do tempo, o processo avaliativo, para melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem, não se resume ao simples ato de aprovar ou reprovar o aluno. O mesmo é uma ação complexa e dinâmica que envolve reflexão e auto avaliação do professor que não avalia apenas a aquisição do conhecimento pelo aluno, mas também a sua própria prática pedagógica, para isso o mesmo também precisa de uma boa e sólida formação que possibilite, além do comprometimento, desenvolver uma avaliação escolar formativa, diagnóstica, democrática e reflexiva.
    Discentes: Adinoam, Karina, Maria Luiza, Maria Bispo, Raimunda Arlete e Rosinelia.

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